Amar é um Perigo e Odiar um Desastre...
Crônica do Repensar!
Amar é um perigo, o sujeito está sob ameaça o tempo todo de não ser um bom amor ou suficiente amor!
O amor é um problema sério na história da humanidade, ainda é um
“tabu” e pecado desqualificar sua obrigação
e seu poder e sua função social, cultural e familiar.
As pessoas têm esperança em seus líderes “religiosos ou
políticos” porque os amam, votam e acreditam neles simplesmente por que os “amam” na sua “falta”.
Mesmo que esse seja um “amor de troca” e de interesses não
“revelados de ambos os lados” há sempre
uma “negociata” imaginária e abstrata seja qual for o líder mortal ou imortal.
Nenhum líder religioso ou
político suportaria a fúria do ódio “real” dos
seus seguidores; seja esse o ódio de ovelhas, ou seja, de seus eleitores e
contribuintes de impostos, as leis, convenções e tabus não permitiriam
isso.
O “Real” de um “sujeito”
no formato coletivo não têm suporte no modelo de sociedade pós moderna
capitalista e democrática.
Torcidas de times se
enfrentam não por “ódio”, mas por amor ao seu “time” e em nome desse “Amor”
acontece as mortes e atrocidades humanas, há
um amor “coletivo” odioso que não completa, não sacia pela falha da paternidade
na primeira infância edípica.
Inúmeras Guerras “religiosas e sectárias” acontecem não por
ódio, mas por amor de seus “seguidores e adeptos” a algum líder ou Mestre
religioso de determinada religião.
Todos queremos “Amor” mas
ao mesmo tempo odiamos esse “Amor” que não completa nada a plenitude do desejo
desconhecido e inominado no inconsciente humano.
O ódio desde tempos de Adão e Eva; ou desde quando o homem
primata sentiu e reconheceu a dor e olhou para o Céu e xingou com muito
ódio e não com amor. O ódio deveria servir para o sujeito, repensar a dor e a
falta ou o que lhe falta isso nesse repensar há um vazio existencial sua
dificuldade de discurso ou linguagem nomeia a “violência ou a morte como
sublimação há falta” .
O ódio promove grandes
guerras, mudanças e movimentações culturais, religiosas e territoriais na
história da civilização desde dos tempos das caverna ou de Adão e Eva.
Parece que existe no sujeito (sujeito) (pensante) um aparente
(lobo) (a) que o tempo todo se apresenta com (fome e carente de um amor) delatado de humildade e
fragilidade que necessita de desrespeito e violência para se auto-afirmar e
existir na sua falta.
O ódio é na verdade o que
testa; as relações de (amor) e nisso o
“sujeito” tem a sensação de descobrir poderes (imaginários sobre o Outro) com
isso desbrava-se e acaba com os ditos fortes e revela diabolicamente que muitos
fracos se transformaram em líderes tão fortes e tiranos, que mesmo com sua
morte não desaparecem da história mas se tornam “Totens” ou até heróis.
O amor não correspondido (
ao desejo do outro) revela o real desejo do sujeito; revela ciumentos narcísicos e até perfis (psicopatas).
O ódio declarado é mais
sincero, que um “amor” de negociata, bajulação e de interesses “mascarados” e
camuflados no real inacessível.
Lacan (já dizia o problema
não é o mal, mas o bem).
Acredito que o ódio nem sempre faz catexia psíquica ou
somatização no corpo do sujeito;
Já o amor ou
essa busca de completude de amor e muitas (queixas proibitivas e indizíveis)
pode ser transformar numa escalada de patologia incurável que se alastra no corpo
todo do sujeito.
O Amor é complexo e muitas vezes uma “armadilha” para o sujeito
que busca nesse “objeto de “amor” o que lhe “falta a ser” a completude,
iluminação, paz, conforto onde vai tentar abrigar a sua falta do amor no amor do “outro” que já é um amor
“faltante”.
Não perca a esperança e não
busque ninguém tão perfeito e nem tente transformar o outro, mas a dica para as
mulheres é saber sobre o édipo do seu namorado, marido ou pretendo amado.
O amor do “outro” será
sempre incompleto, imperfeito e insuficiente ao “ego” porque as demandas do ID querem remeter o sujeito desejante ao
nirvana nem que para isso tenha que se liquidar o “outro” no imaginário..
"Amar é um perigo e odiar é um desastre"
Não perca a esperança e continue tentando amar e sob ameaça, ame
mais a si mesmo!
Um abraço a todos!
Dr. Luiz Mariano