quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Amar é um Perigo e Odiar um Desastre...

Amar é um Perigo e Odiar um Desastre...


Crônica do Repensar!

Amar é um perigo, o sujeito está sob ameaça o tempo todo  de não ser um bom amor ou suficiente amor!

O amor é um problema sério na história da humanidade, ainda é um “tabu” e pecado desqualificar sua obrigação e seu poder e sua função social, cultural e familiar.

As pessoas têm esperança em seus líderes “religiosos ou políticos” porque os amam, votam e acreditam neles simplesmente por que os “amam” na sua “falta”.  

Mesmo que esse seja um “amor de troca” e de interesses não “revelados de ambos os lados” há sempre uma “negociata” imaginária e abstrata seja qual for o líder mortal ou imortal.

Nenhum líder religioso ou político suportaria a fúria do ódio “real” dos seus seguidores; seja esse o ódio de ovelhas, ou seja, de seus eleitores e contribuintes de impostos, as leis, convenções e tabus não permitiriam isso. 

O “Real” de um “sujeito” no formato coletivo não têm suporte no modelo de sociedade pós moderna capitalista e democrática.

Torcidas de times  se enfrentam não por “ódio”, mas por amor ao seu “time” e em nome desse “Amor” acontece as mortes e atrocidades humanas, há um amor “coletivo” odioso que não completa, não sacia pela falha da paternidade na primeira infância edípica.  

Inúmeras Guerras “religiosas e sectárias” acontecem não por ódio, mas por amor de seus “seguidores e adeptos” a algum líder ou Mestre religioso de determinada religião.

Todos queremos “Amor” mas ao mesmo tempo odiamos esse “Amor” que não completa nada a plenitude do desejo desconhecido e inominado no inconsciente humano.

O ódio desde tempos de Adão e Eva; ou desde quando o homem primata sentiu e reconheceu a dor e olhou para o Céu  e xingou com muito ódio e não com amor. O ódio deveria servir para o sujeito, repensar a dor e a falta ou o que lhe falta isso nesse repensar há um vazio existencial sua dificuldade de discurso ou linguagem nomeia a “violência ou a morte como sublimação há falta” .

O ódio promove grandes guerras, mudanças e movimentações culturais, religiosas e territoriais na história da civilização desde dos tempos das caverna ou de Adão e Eva. 

Parece que existe no sujeito (sujeito) (pensante) um aparente (lobo) (a) que o tempo todo se apresenta com (fome e carente de um amor)   delatado de  humildade e fragilidade que necessita de desrespeito e violência para se auto-afirmar e existir na sua falta.

O ódio é na verdade o que testa; as relações de (amor) e nisso o “sujeito” tem a sensação de descobrir poderes (imaginários sobre o Outro) com isso desbrava-se e acaba com os ditos fortes e revela diabolicamente que muitos fracos se transformaram em líderes tão fortes e tiranos, que mesmo com sua morte não desaparecem da história mas se tornam “Totens” ou até heróis.  

O amor não correspondido ( ao desejo do outro) revela o real desejo do sujeito; revela ciumentos narcísicos e até perfis (psicopatas).

O ódio declarado é mais sincero, que um “amor” de negociata, bajulação e de interesses “mascarados” e camuflados no real inacessível.

Lacan (já dizia o problema não é o mal, mas o bem).

Acredito que o ódio nem sempre faz catexia psíquica ou somatização no corpo do sujeito; 

Já o amor ou essa busca de completude de amor e muitas (queixas proibitivas e indizíveis) pode ser transformar numa escalada de patologia incurável que se alastra no corpo todo do sujeito.

O Amor é complexo e muitas vezes uma “armadilha” para o sujeito que busca nesse “objeto de “amor” o que lhe “falta a ser” a completude, iluminação, paz, conforto onde vai tentar abrigar a sua falta do amor no amor do “outro” que já é um amor “faltante”.

Não perca a esperança e não busque ninguém tão perfeito e nem tente transformar o outro, mas a dica para as mulheres é saber sobre o édipo do seu namorado, marido ou pretendo amado.

O amor do “outro” será sempre incompleto, imperfeito e insuficiente ao “ego” porque as demandas do ID querem remeter o sujeito desejante ao nirvana nem que para isso tenha que se liquidar o “outro” no imaginário..

"Amar é um perigo e odiar é um desastre" 

Não perca a esperança e continue tentando amar e sob ameaça, ame mais a si mesmo!
Um abraço a todos!

Dr. Luiz Mariano


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