Estou indo revisitar o meu Édipo
parental, mas volto logo...
Claro não sou Louco de ficar por La... HO...HO....HO.....
Quero agradecer
especialmente a você; nessa travessia de engrandecimento humano do ano de 2013
e toda essa caminhada psicanalítica e de amizade e expansão do pensamento da
psicanálise que muito têm nos feito amadurecer e enxergar a Alma humana,
compreender suas aflições para busca de alívio e estabilidade afetiva e viver
bem.
Espero que em 2014 estejamos
juntos na travessia cada vez mais descobrindo que Freud explícita e Lacan
implícita, essas muitas verdades da Alma e psique humana, doa a quem doer.
Mas a “dor” na psicanálise
depois de algum tempo é anestésico para viver o dia a dia; e enfrentar muitos “venenos” seja no ambiente
de trabalho, na família e em nossas relações sociais, afetivas e parentais.
Durante todo processo de se
sujeitar-se a fazer a “análise” dói em mim (analisado) depois de algum tempo da
sua “análise”, você já poderá afirmar que
doa em quem doer, mas dói mais no outro. (Lacan).
Já no psicanalista que acolhe a
escuta do “doa a quem doer ou dói em mim”. O analista acolhe todas as dores, mas não habita
nelas para não entrar em colapso.
E falando em Alma e dor,
coisa de “analista”.
“Recentemente fui lavar umas
“louças” na cozinha de casa, e não pude deixar de observar que a “medida que
lavava” as louças” minha coluna vertebral travava e ficava inflexível e
dolorida, de repente sem nenhuma doença ou lesão.
Claro eram apenas “algumas
louças” para lavar para esposa “gestante”.
Mas vejo que sempre que me
aproximo de uma “pia” com “louças para lavar” minha coluna vertebral têm uma
reação “histérica” conversiva, que me arremete a “muitas louças e panelas” da
infância que algumas vezes eram lavadas distantes de casa, num riacho, coisa de
quem morou em roça, sítio.
Podia ser até divertido,
levar, lavar e trazer a louça de volta; mas o ato da “repetição” como se nunca
fossemos chegarmos ao tempo de água encanada na torneira de casa e hoje a
geração da máquina de lavar louça, isso fez com que minha coluna vertebral “travasse”
e essa conversão é o aviso de alerta e resistência a “ameaça de voltar a lavar
louças e panelas no riacho” que antes era perto e hoje é longe.
(O inconsciente
não apaga nada, mas é sendo neurótico que a gente “negocia” com essas
lembranças na psicanálise).
E minha coluna vertebral
dolorida “me avisa” olha o riacho e as
panelas lá gente ti esperando... HO....HO.....HO.....
Que droga no meu
“imaginário” papai Noel ainda ri de minha lembrança.
E ao final de um ano de
trabalho qual a coluna que não dói um pouco.
Por isso é bom ser de certa
forma ser meio “neurótico”
Neurótico lembra e volta. Já
o psicótico não lembra ele mora na
lembrança, além de ficar lá lavando louças e panelas para sempre ficaria o
tempo todo ouvindo papai Noel HO....HO...Ho.....
O riacho e as louças podem estar lá no
inconsciente, meu inconsciente me leva e trás de lá a cada aproximação de uma
pia de louças ou do Ho...Ho...Ho...
Pior seria um surto “psicótico” ir ao riacho e
ficar lá sempre lavando as louças e panelas para sempre.
Na psicose talvez eu estaria esperando o pai ou a mãe “faltante, ausente ou
o outro ou tantos outros” para me buscar e me salvar.
O inconsciente deve ser a
“Alma” ou têm uma Alma própria porque as nossas lembranças, sejam elas felizes,
dolorosas ou traumatizantes estão lá.
A Psicanálise é a formação
“diplomática” para livrar a gente dessas demandas da mente humana.
A histeria “conversiva” ou
somática serve para dar um sinal de “alerta”: - Olha você está “lavando muitas
louças e panelas” no riacho de novo, hora de se afastar do riacho e dessas
louças e panelas... panelas pesadas de ferro...
Bom com esse relato confesso
que o lado extremamente bom da “psicanálise” é ter essa capacitação de
“acolhimento” de si, dessa diplomacia analítica.
Somente com essa capacitação
do acolhimento de “si mesmo” de suas demandas e lembranças é que de fato
poderemos ajudar e auxiliar qualquer um que venha para o nosso acolhimento na
psicanálise, seja para buscar alivio, compreensão do seu mal estar, do seu
vazio ou infelicidade seja ela com inúmeros sintomas neuróticos, sejam somáticos conversivos ou
dissociativos.
Freud dizia que a
psicanálise torna a pessoa muito forte e apta para amar de verdade. (1856/1939)
Boas festas e até 2014.
Dr. Luiz Mariano