"As forças naturais que se encontram dentro de nós são as que realmente curam nossas doenças."(Hipócrates)
sábado, 28 de julho de 2012
quinta-feira, 19 de julho de 2012
SOCIEDADE ANESTESIADA
Remediando a vida.
Cicatrizar as frustrações inevitáveis que marcam os limites de nosso corpo e de nossa mente, anestesiar as reações aos estímulos que a natureza impõe, feiura, deficiência intelectual e corporal, acidentes malignos, genética deficitária –enfim o rol das dificuldades do concreto, do real, do objetivo se transformou numa corrida de obstáculos que permeabiliza nosso cotidiano.
Comprimidos para enganar a tristeza, sob o diagnóstico da depressão, para frear a vitalidade, sob o diagnóstico que substitui a exuberância pela hiperatividade.
Sem respeito à faixa etária ou condição social. Na infância, a desatenção na escola, distúrbio ou transtorno, a adolescência com sua agitação e insegurança, ela mesma vista como "aborrecência", um certo desajuste na probabilística certeira de moléstia contagiosa (o barulho, a efervescência, o "esquenta").
A insônia estimulada por dificuldades autênticas, exigindo soníferos que, por sinal, segundo a revista científica BMJ Open [revista online de acesso público ligado ao British Medical Journal], triplicam o risco de morte e de o"paciente" desenvolver câncer.
As questões essenciais de nossa vida ligadas ao sofrimento e à dor não podem e não devem ser reduzidas ao tremendo jogo de fortunas incalculáveis da indústria da ilusão medicamentosa. Indústria que inventa doenças e inventa curas para aquilo que segundo Goethe é "humano, demasiadamente humano".
O que, obviamente, não significa deixar de minorar a dor no horizonte da dignidade. A alienação como instrumento de subjetividade permite que o Eu se encontre com a Dor, na esperança que nos transcende.
"As questões essenciais de nossa vida ligadas ao sofrimento e à dor não podem e não devem ser reduzidas ao tremendo jogo de fortunas incalculáveis da indústria da ilusão medicamentosa. Indústria que inventa doenças e inventa curas para aquilo que segundo Goethe é 'humano, demasiadamente humano'"
"O Avarento guarda o seu Tesouro como se fosse seu; Mas teme Servir-se dele como se na Realidade pertencesse a Outrém." (Bion)
segunda-feira, 2 de julho de 2012
Presenciar sexo dos pais retrai vida sexual adulta, diz herdeiro de Freud
“Presenciar sexo dos pais retrai vida sexual adulta, diz herdeiro de Freud”
Acontecimentos na infância pode causar dificuldade em se relacionar com o parceiro na cama.
O casal se ama, se respeita e até se deseja, mas quando chega a hora da cama, algo como uma "força maior" impede um dos parceiros de se entregar totalmente.
Existem grandes chances de este bloqueio sexual não ser causado por um problema físico ou hormonal, mas estar enraizado no inconsciente por um fato passado.
"Foi algo que aconteceu na infância, poderia ser, por exemplo, alguma coisa comum, que acontece bastante: ouvir ou ver o ato sexual dos pais", disse o e psicanalista Joseph Knobel Freud, sobrinho-neto de Sigmund Freud, considerado o pai da psicanálise.
A situação descrita por Knobel Freud não se refere apenas à fase da adolescência, mas pode acontecer já nos primeiros meses de vida do bebê.
"Os pais pensam que isso (ter relações sexuais na presença do filho pequeno) não tem problema, mas é muito grave", alertou.
O mais decorrente é a criança ser colocada no berço, no mesmo quarto dos pais, e presenciar a relação.
"O bebê não compreende nada, ele escuta ou vê, mas não sabe o que os pais estão fazendo, se estão brigando ou sofrendo, ele não tem capacidade de entender", explicou.
Quando a criança participa como um "voyeur" da experiência sexual dos pais, um trauma é criado em relação ao sexo.
"Pode causar uma repressão na vida sexual do adulto", acrescentou.
Por isso, segundo Knobel Freud é essencial que o filho tenha um quarto que não seja o dos pais.
"Outro dia, tive uma consulta de um casal em que a mulher se queixava que há mais de seis meses eles não transavam.
O homem tinha visto seus pais tendo relações, tinha associado a sexualidade a um ato da brutalidade, um ato horrível, não tinha entendido o que significava aquilo para os pais", exemplificou.
Não só o fato de ver e ouvir os pais na cama pode influenciar a vida sexual adulta, como qualquer coisa que a criança escute sobre o assunto.
Segundo Knobel Freud, a sexualidade começa no dia do nascimento.
Autor do livro Clínica Psicanalítica com Crianças, a formação infantil é a especialidade do psicanalista.
Ele afirma que a criança passa por diversas etapas de sexualidade, desde a via oral até a fálica. "É a semente para a sexualidade adulta", disse.
Complexo de Édipo
Entre os numerosos acontecimentos durante a formação da sexualidade que interferem no futuro do indivíduo, está o complexo de Édipo.
De uma maneira simplista à teoria de Freud sobre o tema, esta neurose trata-se do desejo sexual da filha pelo pai e do filho pela mãe.
Quando este anseio não é inibido na infância, o adulto se desenvolve com bloqueios para se relacionar sexualmente com outras pessoas.
Existem comentários no círculo da psicanálise, segundo Knobel Freud, que colocam o relacionamento de Anna Freud com seu pai, Sigmund Freud, como um exemplo de complexo de Édipo.
Devota e discípula do pai, Anna morreu virgem aos 87 anos de idade.
Abuso sexual
Sofrer violação sexual durante a infância é um dos causadores da retração nas relações entre homem e mulher na vida adulta, de acordo com Knobel Freud.
Quando os abusos acontecem durante toda a infância, se o trauma não é tratado, existe uma grande chance de esta pessoa repetir o que sofreu com outras crianças.
"Se não elabora a situação traumática, eles serão futuros pedófilos", afirmou Knobel.
A psicoterapia é fundamental nesses casos, segundo o profissional.
"A psicoterapia reverte isso em pouco tempo", disse.
Na conversa com o psicólogo ou psicanalista é possível descobrir o que está guardado no inconsciente do paciente que está causando este ou outro problema.
Outros fatores
O diretor do Instituto Paulista de Sexualidade, o psicoterapeuta Oswaldo Martins Rodrigues Junior, citou também as deformidades anatômicas e doenças crônicas como causas do bloqueio sexual, mas reforçou que os problemas de ordem emocional e psicológica agem com mais força neste sentido.
Como fatores precipitantes, ele lembrou a criança que sofre com a separação dos pais ou presencia uma vivência sexual humilhante.
"Durante a infância e adolescência, os padrões de respostas sociais e emocionais são lapidados, esses padrões podem afetar a sexualidade adulta. Pode ocorrer a iniciação sexual com resultados emocionais negativos", disse ele.
Um desenvolvimento diante a conflitos de relacionamento e falta de privacidade também contribui para a retração sexual adulta.
"A autoerotização da infância à vida adulta permite que a pessoa conheça as possibilidades e limitações do corpo, e como o corpo estimulado permite excitação sexual.
Portanto, pessoas que não tiveram experiências de autoerotização terão mais possibilidades de viver problemas sexuais", afirmou Rodrigues Junior.
O psicoterapeuta reforçou que as características de personalidade influenciam diretamente na forma como a pessoa enfrenta as dificuldades do cotidiano.
Por isso, fatos podem ou não provocar uma dificuldade na vida sexual de um ou outro adulto.
Psicanalista Joseph Knobel Freud
O LEGADO DE FREUD
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