quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Os Benefícios da Análise Psicanalítica

Os Benefícios da análise Psicanalítica 

A motivação na busca da Psicanálise pode surgir quando a pessoa percebe que está diante de alguns acontecimentos e fatos da sua vida que parece estar causando um "desprazer" significativo que o leva a um considerável sofrimento aparentemente inorgânico.

Quando parece que a vida não tem mais sentido ou não existe mais gozo, prazer que satisfaça sem a necessidade de sofrimento.

Fazer análise pode ser bom para o nos re-encontrarmos a nós mesmos como sujeito que pode re-elaborar e re-editar sua vida a qualquer tempo.

Embora não exista anestésico ou mágica alguma em fazer análise, é importante sua persistência nas sessões pois é uma empreitada do "conhecer-se a si mesmo".

Em algumas situações mesmo que tudo pareça estar normal e sob controle, ainda que se tenha família, amigos e sucesso no trabalho; muitas pessoas sentem esse "vazio" tristeza   isso cria uma série de limitações na sua vida.

Seja pelos sentimentos de ansiedade, depressão, solidão, ou um quadro de diversas doenças e alergias que podem ter como pano de fundo  um quadro sintomático  psicossomático "emocional" na psicanálise se entra pelo sintoma para a cura inorgânica.

Na maioria das vezes a necessidade de recomendar ao analisando que faça exames clínicos e procure seu médico de confiança periodicamente conforme for recomendado, investindo assim em prevenção e qualidade de vida da sua saúde orgânica.

A Psicanálise jamais vai substituir exames médicos ou clínicos.

Algumas pessoas apresentam sintomas como, medos irracionais, baixa auto-estima, pensamentos repetitivos e rituais (próprios seus) e acabam virando escravos disso; seja em casa, no trabalho ou nas suas relações familiares e sociais.

A análise psicanalítica consegue levar a pessoa ao mergulho e elucidação dos conteúdos do seu inconsciente,  e lá pode ser encontrado grandes tesouros ou também grandes fantasmas, e nem sempre reconhecer isso é "Curar-se" se não se reposicionarmos e tomarmos novas posturas diante da vida

Fazer "análise" é a travessia para mergulhar-se no conteúdo submerso e quase que infinito do seu inconsciente, o oposto disso pode ser qualquer outra coisa menos  Psicanálise.

É no inconsciente que pode existir um quadro de repreensões, desejos reprimidos, recalques, traumas com algumas penalizações extensivas até os dias atuais sem se darmos conta que nos "auto-punimos" inconscientemente.

Há pessoas que podem apresentar dores ou sintomas físicos sem que uma causa orgânica ou patológica clínica venha justificar esses sintomas.

Há ainda os que vivem em desânimo, são solitários com dificuldades para trabalhar, ou que experimentam repetidos fracassos profissionais ou até mesmo em suas relações afetivas.

Muitos vivem numa tensão permanente nas relações pessoais/afetivas, a desconfiança é quase que constante com respeito às demais pessoas, a incapacidade para manter relações amorosas mais duradouras e ainda as dificuldades na área da sua sexualidade; tudo isso são sinais de alguma neurose que pode ser tratada e conseqüentemente re-editada pela analise.

Nem sempre esses distúrbios surgem como sintomas conscientes e racionais no tempo e em sua forma de viver o dia-dia de cada um que chega ao consultório do Psicanalista.

Pois a própria queixa inicial do analisado pode ser um "mecanismo de defesa" que só é superado após a fidelização da parceria psicanalítica.

O psicanalista poderá observar se há também certos traços peculiares na maneira de ser da pessoa.

O que o leva a repetir padrões de comportamento que limitam suas potencialidades e a capacidade de usufruir e gozar a vida com mais harmonia, equilíbrio e domínio de si mesmo.

Uma vez formado o "par analítico" , após algumas sessões, qualquer uma dessas situações de conflito emocional-psíquico do analisado pode-se ir se elucidando gradativamente.

Já que não existe prazo de validade e de garantia na análise, mesmo que durem meses ou  anos; o analisado só vai mudar aquilo que ele mesmo julgar "conveniente" "per-si" ou que se "permitir".

Visto que  o livre arbítrio do analisado deve ser respeitado.

A função da psicanálise é levar o analisado conhecer-se a si mesmo; é levá-lo ao auto conhecimento, onde se permite se reposicionar e se re-editar para algumas culpas, medos e auto-sabotagens que tenha feito consigo mesmo ao longo vida em família, trabalho e sociedade.  

Não existe nenhuma restrição médica ou clínica para a pessoa não ser psicanalisada; desde que possua a capacidade de pensar, falar e raciocinar livremente suas idéias (entre a inteligência e imaginação) e estando em sua normalidade mental, não há restrições ou contra-indicações em fazer "análise".

A Psicanálise não possui efeitos colaterais ou indesejados à saúde física e mental; ela não prescreve medicação alguma, apenas lida com o conteúdo submerso no inconsciente humano, no intento de re-orientar o ser humano. Os sintomas durante o processo de "análise" não é o adoecimento mas a manifestação psicossomáticas onde se rompem fronteiras para novos horizontes e re-edição de vida.

Descobrindo suas neuroses e com liberdade de pensamento e verbalização das emoções e dos desejos reprimidos; a pessoa estará habilitada a re-editar sua vida para se re-organizar e re-orientar a sua vida com mais felicidade, saúde e menos medo e culpabilidade.

A persistência e freqüência nas sessões é  um fator decisivo para essa re-edição.

Psicanálise só não é indicada para quem não quer mudar nada e que não queira conhecer-se a sim mesmo para depois conhecer melhor nosso "outro".

Fazer análise é ter coragem para fazer uma travessia de ida e volta do  "Céu" ou ao nosso "inferno" sem querer aqui dar uma conotação religiosa aos termos, mas sim filosófica.

Fazer análise nos ensina como melhor lidar com as nossas "próprias" neuroses e aflições humanas de cada dia.

Na análise há a verdadeira possibilidade da libertação do "humano mais humano" que reside dentro de cada um de nós.

O trabalho de "cura psicanalítica", consiste em tornar possível o advento da palavra no lugar do sintoma; o ser humano fisicamente é um mamífero e psiquicamente, é um ser de filiação lingüística.

O Psicanalista trabalha com o ouvir sem julgo, sem preconceito, sem castigo, punições (sejam elas culturais ou religiosas) que morem no inconsciente humano ou faça parte do seu cotidiano.

O Psicanalista é o maior de todos os ouvidos. Ele ouve flutuante mente o inconsciente humano; ele ouve "o que ninguém mais quase sabe ou aprendeu a ouvir" ele vê o que a pessoa comum é ensinada a não ver.

A máxima de Freud é a associação livre das idéias e é nisso que o analisado vai elaborando com o seu Psicanalista uma travessia de confiança e libertação das seu sofrimento, neuroses e infelicidade duradoura.

O "divã" um verdadeiro altar imaculado e sagrado para o Psicanalista com formação respeitável e confiável, embora na psicanálise não tratamos de assuntos morais em posicionamento.

A psicanálise não é imoral mas é amoral em sentido bem amplo do cultural e religioso.  

Ninguém pode ser Psicanalista sem antes ter sido paciente e analisado.

Aqueles que optarem por serem "analistas"  devem realizar sua análise didática com psicanalista experiente e da sua confiabilidade.

Aqueles que apenas sejam "paciente" de análise ou de Psicanalista devem averiguar a formação do profissional que vai lhe atender, referências, cursos e entidades que o mesmo está vinculado.

Não existe "Psicanalista" sem que o mesmo tenho feito por anos a sua própria "análise-pessoal" com outro Psicanalista" que o acompanhou na sua formação de seu percurso psicanalítico., e mesmo durante seus atendimentos deverá fazer "supervisões" de tempos em tempos.  

 

Dr. Luiz Mariano

Doutor e Mestre em Psicanálise pela EPCRJ-RJ

American Word University  U.S.A. / UK Psychoanalytical Society-London

Procurador do IBF vinculado ao Ministério da Justiça – MJ

www.drluiz.com

 

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 (Bion)

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