"As forças naturais que se encontram dentro de nós são as que realmente curam nossas doenças."(Hipócrates)
sábado, 26 de fevereiro de 2011
O Sujeito do bem estar do "Outro"
segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011
Para depois dos lutos.....
“E assim, depois de muito esperar, num dia como outro qualquer, decidi triunfar...
Decidi não esperar as oportunidades e sim, eu mesmo buscá-las.
Decidi ver cada problema como uma oportunidade de encontrar uma solução.
Decidi ver cada deserto como uma possibilidade de encontrar um oásis.
Decidi ver cada noite como um mistério a resolver.
Decidi ver cada dia como uma nova oportunidade de ser feliz.
Naquele dia descobri que meu único rival não era mais que minhas
proprias limitações e que enfrentá-las era a única e melhor forma de as superar.
Naquele dia, descobri que eu não era o melhor e que talvez eu nunca tivesse sido.
Deixei de me importar com quem ganha ou perde.
Agora me importa simplesmente saber melhor o que fazer.
Aprendi que o difícil não é chegar lá em cima, e sim deixar de subir.
Aprendi que o melhor triunfo é poder chamar alguém de"amigo".
Descobri que o amor é mais que um simples estado de enamoramento, "o amor é uma filosofia de vida".
Naquele dia, deixei de ser um reflexo dos meus escassos triunfos passados e passei a ser uma tênue luz no presente.
Aprendi que de nada serve ser luz se não iluminar o caminho dos demais.
Naquele dia, decidi trocar tantas coisas...
Naquele dia, aprendi que os sonhos existem para tornar-se realidade.
E desde aquele dia já não durmo para descansar...
simplesmente durmo para sonhar.
cisne negro
Cisne Negro, neurose e psicose
O filme de Darren Aronofsky que concorre ao Globo de Ouro e provavelmente será indicado ao Oscar, está bombando na web. Primeiro, por causa das cenas de amor lésbico entre Natalie Portman e Mila Kunis. Segundo, por ter gerado o filho de Miss Portman com o coreógrafo Benjamin Millepied, seu parceiro nas belíssimas cenas de ballet do filme. Mas se "Cisne Negro" é uma iguaria fina para os amantes da Dança, para os estudiosos da Psicanálise é um verdadeiro banquete. Nina Sayers, filha única de uma mãe que "sacrificou sua carreira de pintora" para cuidar da garota, aparentemente não conheceu o pai, que ninguém conta se morreu, fugiu ou foi apenas um espermatozóide comprado. Provavelmente, esta ausência do 3º vértice do triângulo e o fato de não ter vivenciado seu Complexo de Édipo na idade certa, tenham levado Nina a projetar a figura paterna no Diretor, a quem tenta agradar com um perfeccionismo obsessivo, ao mesmo tempo em que disputa seu amor com a antecessora na posição de 1ª bailarina da Companhia. Essa obsessão, por sinal, é o único sintoma neurótico da personagem de Natalie. Os outros todos são pura psicose. Ao que tudo indica, a simbiose com a mãe, natural nos primeiros meses do bebê, não tendo sido desfeita, originou os sintomas psicóticos. As visões que levam o público a classificar o filme como "de terror", são alucinações desencadeadas pela paranóia da bailarina. Como a maioria dos paranóicos, Nina enxerga inveja nas outras bailarinas porque no fundo ela inveja sua antecessora. Invejar aqueles que sabem o que querem, conhecem seus desejos também é uma característica da perversão, aquele tipo de psicose comum nos que vivem par realizar os desejos dos pais ou das mães, o caso da moça. A partir das psicoses, Nina cria fantasias persecutórias horriipilantes que se voltam contra ela própria. Como se não bastasse, também carrega culpa pelo fato de a mãe responsabilizá-la por sua insatisfação e se mutila o tempo todo como auto-punição. Pro cardápio ficar completo, Nina tem ainda um bloqueio sexual que a impede de dançar com emoção. A ponto de o diretor lhe recomendar masturbação como lição de casa. Para concluir, a simbologia do mito do cisne Negro, onde a princesa má e a boa são representadas pela mesma solista reforça o conceito freudiano de que todos nós temos nosso lado obscuro, também conhecido como Id.
Eu sem Você
Eu sem você
Exagero é próprio da paixão.
A paixão é efervescente, intensa e exuberante.
Na adolescência estamos muito suscetíveis a ela pelas próprias características do adolescer.
Adolescência é cenário adequado para paixão, ainda que não seja exclusiva dessa fase da vida, é nela que estamos ensaiando para a chegada do primeiro amor.
Quando adolescentes apaixonados, sempre imaginamos que o outro é tudo!
Só quando o amor surge percebemos haver uma distinção entre esses sentimentos, amor e paixão.
Vamos caminhando pela vida e encontrando paixões, amores e amores apaixonados.
Com a maturidade que vamos conquistando é que podemos perceber que há uma divisão, às vezes, tênue entre a saúde e a patologia em se tratando de paixão.
Numa vivência saudável deste sentimento, ela é imprescindível à vida. Precisamos estar apaixonados para seguir vivendo bem.
Apaixonados por alguém, por uma ideologia, por algum projeto, pela família, pelos amigos.
Apaixonados, ainda, por um filme, um livro, uma música e assim por diante.
Um bom teste para saber se estamos vivendo nossas paixões de forma saudável ou não, é questionar e responder: “este sentimento me expande ou me paralisa?”
Não estar paralisado é muito bom.
Em geral, no que se refere a relacionamentos, nos encantamos, nos apaixonamos, vivemos a taquicardia que antecede o primeiro encontro, a ansiedade pelo toque do telefone, o ensaio para dizer a coisa certa - que nem ao menos sabemos o que seja - e tantos outros sintomas de início de relacionamento.
Depois, vem a convivência.
A relação que se mantém, passa a ter menos química e mais equilíbrio.
Então, estamos prontos para avaliar se o que nos encantou era real ou apenas projeção, possivelmente, comandada por nossas carências.
Quando nos dedicamos à questão da saúde emocional, observamos um fenômeno comum que se mostra preocupante. Muitas pessoas têm depositado sobre outras, toda a responsabilidade por sua felicidade, e mais ainda, por sua própria vida.
Há pessoas que estão em constante estado de alerta para encontrar aquele ou aquela que completará sua vida, realizará seus sonhos e as farão, finalmente, felizes.
Ao primeiro sinal de reciprocidade se entregam e consideram o outro capaz de responder à altura todas as suas expectativas.
Para manter esse alguém junto a si, são capazes de tudo.
Convenhamos que em certos momentos é bom ouvir frases românticas do tipo: “Não sou capaz de viver sem você. Você é a razão da minha vida.
- Você é tudo na minha vida.
O problema é quando a frase sai de seu contexto poético e se estabelece na realidade psíquica do indivíduo.
O outro, até então desavisado, se vê sobrecarregado de uma responsabilidade que é incapaz de assumir.
Ser responsável por nossa própria vida, buscar nossa felicidade, já é bastante desafiador. Assumir esta responsabilidade por outro pode ser devastador.
Existem pessoas à nossa volta fugindo desesperadamente de estar, por qualquer tempo que seja, a sós consigo mesmas.
Sentem medo de sua própria companhia.
Precisam apegar-se, então, ao relacionamento em que estão, muito mais por medo da solidão que imaginam que irão sentir, do que pelo que a pessoa a seu lado é. Ou, ainda, manter-se na constante busca de encontrar a quem se apegar e delegar-lhe o poder de lhes fazer feliz.
Tudo pode até funcionar se o outro também sentir assim.
O relacionamento fica concentrado e as pessoas paralisadas pela tarefa de manter a qualquer preço a situação, como presos a um contrato tácito ou até explícito.
Entretanto, quando alguém entende sua existência como um fato em si mesma, quando tem consciência de suas virtudes e limitações e de sua responsabilidade individual de crescimento pessoal, aceitar ser o único motivo da vida de alguém, não demonstra ser nada atraente.
Pelo contrário, pode afastar.
O universo feminino, por uma questão histórica e cultural, é ainda bastante povoado pela fantasia de encontrar um homem que seja tudo.
Alguém criado para especialmente para fazê-la feliz.
No universo masculino, pelos mesmos motivos, ainda existe uma divisão entre a pessoa com quem se casa e tem filhos e aquela disponível aos seus prazeres e aventuras.
Nesse ambiente as pessoas são idealizadas e estão sempre procurando cumprir seu papel, aquilo que se espera de cada um. Logo, um não se enxerga sem a presença do outro que tem o papel complementar.
É como se cada um dissesse: “Eu sou eu, a partir de você. Não sei quem sou sem você.”
Se esta postura diante da vida é fortemente limitadora, pelo constante medo da perda, por outro lado há pessoas que fazem diferente e nos mostram que há uma mudança positiva em processo.
Homens e mulheres que não amam demais, apenas, amam.
Preocupam-se em ser, em aprender, em interagir, em contribuir com suas experiências. Pessoas cujo encontro gera expansão.
Pessoas que não se preocupam em sufocar o outro, mas em estimular seu crescimento e crescer junto.
A beleza do relacionamento é aquilo que ele acrescenta na vida do casal e na vida do indivíduo.
A beleza está na visão que se amplia pelas possibilidades de desenvolver projetos conjuntos e na segurança que se sente em desenvolver seus projetos pessoais. A beleza está em ter cumplicidade em aventuras.
A beleza está na criatividade que a liberdade de estar com quem se ama e ser aceito pelo que se é, faz florescer.
Quando existe amor, bom é saber que sem você, aquela pessoa que se ama vai continuar a viver, porque existem outros motivos para sua existência.
Que um eventual afastamento de ambos não os destruirá, ainda que se venha a sofrer. Que a força do que se viveu acrescentou energia suficiente para continuar caminhando, só ou em outra companhia. Bom é saber que estar juntos significa escolha e não prisão.
Edna Cassiano é Psicanalista, Escritora e Sexóloga
Membro da ABMP-DF
Visite o site: www.abmpdf.com
"O Avarento guarda o seu Tesouro como se fosse seu; Mas teme Servir-se dele como se na Realidade pertencesse a Outrém."
(Bion)
--
"O Avarento guarda o seu Tesouro como se fosse seu; Mas teme Servir-se dele como se na Realidade pertencesse a Outrém." (Bion) ..
ENTÃO É NATAL....
Então é Natal... Segundo Carl Jung o Natal carrega arquétipos de renovação, união e esperança, mas para quem vive traumas nessa époc...
-
Comer meleca do Nariz! Recebi um vídeo pelo watsApp de um estudante de psicanálise no qual uma moça sentada no trem; comia compulsivam...
-
O Amor é dar o que não se tem (a alguém que não o quer). Esta frase aparece como um refrão no Seminário VIII, "A transferência...
-
O Terror do Espelho Dr. Rubem Alves - é Psicanalista - Escritor e Professor Emérito da Unicamp-SP Ao ...